Curso on-line aborda os princípios básicos da Comunicação Não Violenta

Curso aborda Comunicação Não Violneta
Foto: Pixabay

Quem nunca se percebeu sem saber quais as palavras certas a serem ditas em uma situação de conflito? Ou respondeu de forma ofensiva em uma discussão e acabou se arrependendo? Ajudar as pessoas a se comunicarem de forma mais assertiva, de modo a resolver conflitos, é o objetivo da Comunicação Não Violenta (CNV), um processo de comunicação desenvolvido pelo psicólogo Marshall Rosenberg com foco na melhoria dos relacionamentos interpessoais.

O tema será abordado no “Curso Básico de Comunicação Não Violenta”, uma iniciativa da facilitadora e jornalista Erika Zanon. O encontro será no dia 6 de abril, às 19 horas, pelo Sympla Streaming. As inscrições podem ser feitas até 5 de abril neste link. “Será um curso introdutório, com apresentação da essência da CNV para quem quer conhecer ou resgatar os principais conceitos”, explica.

Linguagem da compaixão

Erika destaca que a Comunicação Não Violenta não é apenas uma linguagem, mas uma forma de estar no mundo. “É a linguagem da compaixão. O propósito é transformar e inspirar conexões a partir da habilidade de olhar para os nossos sentimentos e necessidades, tornando-nos aptos a expressá-los de forma mais eficiente. Mas é, também, sobre desenvolver a escuta  atenta e empática para entender o que o outro está querendo nos dizer.” 

A CNV tem sido aplicada pelo mundo em contextos sociais, políticos, familiares, de educação e corporativos. Em diferentes realidades, está sempre pautada em quatro componentes: observação, sentimentos, necessidades e pedidos. 

“Não é uma fórmula matemática. A ideia é que sejamos aptos a observar sem julgar, sem fazer avaliações e tentar entender os sentimentos e necessidades dos envolvidos. CNV fala de necessidades universais e abre espaço para pedidos, o que você precisa para resolver o conflito”, explica, lembrando que é um processo de autodesenvolvimento, autoconhecimento e autocuidado: um convite a pensar nos sentimentos, nas necessidades, no que é importante e o que podemos fazer para resolver conflitos e tornar a vida melhor. “Ao tomar consciência do que está realmente acontecendo, temos clareza para fazer escolhas mais assertivas e conscientes, ao invés de apenas reagir no piloto automático.”

Reconhecendo violências

Diante de uma realidade em que mulheres são constantemente silenciadas em suas falas, a CNV pode ser uma ferramenta muito interessante para nos expressarmos de forma mais clara e assertiva. “Como a CNV propõe olhar para o que sentimos, quais são nossas necessidades e o que fazer para tornar nossa vida melhor, nos leva a reconhecer as violências, mesmo as veladas. Ao reconhecê-las, temos mais clareza sobre os fatos e como aquela situação nos afeta, o que traz condições de tomarmos consciência para responder de forma mais assertiva.” 

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