Fogo no Parquinho: no Brasil está assim – quer moleza, senta no pudim

O ditado nunca foi tão adequado para a realidade do país. Não tá mole pra ninguém, é a realidade, nem na política, nem no cotidiano. Seja do lado dos milhares de brasileiros perdendo os familiares para a COVID-19, seja do lado dos negacionistas, seja para quem espera ansioso pela vacina, seja para quem está pegando o coletivo lotado todos os dias com a necessidade de ir trabalhar presencialmente. Moleza mesmo só sentando no pudim. Embora comer o pudim pareça melhor e mais assertivo.

E na política não está diferente. O cerco se fecha. Para onde se olhe, o governo parece estar sofrendo o revés da gestão sofrível que vem sendo feita durante a pandemia. Quem semeia vento, colhe tempestade, afinal. Negacionismo não resolve a crise sanitária que o País está vivendo, já está comprovado pelos mais de 450 mil brasileiros vítimas desse genocídio grave problema que é o COVID-19.

Manifestação na Paraíba. Foto: organização do ato

Protestos pelo Brasil

No Brasil inteiro foi possível verificar in loco que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro realmente anda muito em baixa, para quem talvez tivesse dúvidas das recentes pesquisas. Milhares de pessoas em cidades espalhadas por todas as regiões usaram máscaras PFF2 e foram às ruas no sábado (29) protestar contra as medidas do governo na pandemia. As multidões, tão numerosas quanto as de apoiadores nos eventos do presidente, exigiram vacinação em massa para a população e o impeachment de Bolsonaro.

Distanciamento?

Infelizmente, o distanciamento não conseguiu ser o forte das manifestações. Em alguns pontos de protestos, foi possível verificar focos de aglomerações. No entanto, se milhares podem ir às ruas apoiar o presidente sem máscaras, o mesmo direito deve ser reservado a quem se opõe a Bolsonaro. Pelo menos os manifestantes tentaram manter o distanciamento e usaram máscaras e álcool gel, algo que falta entre apoiadores do presidente.

Liana Cirne não se intimida com a PM. Foto: Malu Aquino

Vereadora agredida

A vereadora Liana Cirne (PT-PE) foi agredida com spray de pimenta durante a manifestação em Recife, em ato truculento da Polícia Militar. Os manifestantes foram recebidos com violência em área pública e o protesto pacífico tornou-se um exemplo de total desrespeito à liberdade de expressão e ao direito de ir e vir, tão preservados pela própria PM durante atos bolsonaristas.

Vereadora agredida II

Ao perceber a flagrante força desproporcional usada pela PM pernambucana, com o uso de balas de borracha que deixaram pessoas feridas e bombas de gás lacrimogêneo na multidão pacífica que se manifestava, Liana foi até a viatura da polícia argumentar sobre a falta de necessidade daquela abordagem. A vereadora recebeu um jato de spray de pimenta nos olhos como resposta dos policiais militares.

Renata Sorrah. Foto: Mauro Ventura

Artistas contra Bolsonaro

Aqui e ali, em vários locais do País, foi possível encontrar artistas famosos também se manifestando contra Bolsonaro no último sábado (29). Fernanda Lima, Gregório Duvivier, Paulo Betti e até mesmo a Renata Sorrah, que deu vida à nossa vilã favorita, Nazaré Tedesco, foram às ruas com cartazes de Fora Bolsonaro.

Virou meme…

Viraram meme em redes sociais as declarações de Mayra Pinheiro durante depoimento na CPI da COVID-19 na última semana. Em áudio divulgado durante pergunta na Comissão, Mayra se refere à Fiocruz, importante órgão de pesquisa no Brasil, como uma instituição de esquerda que “tem um pênis na entrada”. O fato é que foram criadas piadas de todos os tipos sobre o assunto, inclusive algumas das quais a médica aparece com o desenho de um pênis contornando seu próprio nariz.

…mas não está certo

Por mais sedutor que possa parecer achar graça de algumas piadas e algumas realmente foram divertidas, desenhar um pênis no rosto de uma mulher, seja quem ela for, é desrespeitoso e desagradável. Nenhuma piada sexista deve ser realizada contra uma mulher, esteja ela em qualquer matiz ideológica ou mesmo guardadas quaisquer discordâncias em relação aos seus posicionamentos.

Cloroquina nos outros é refresco

Na próxima semana a CPI da COVID-19 promete entregar novos capítulos de sombrio entretenimento aos brasileiros. A médica Nise Yamaguchi, outra defensora ferrenha do uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 deverá depois na Comissão e falar sobre seu lobby para a mudança da bula do remédio incluindo o tratamento do coronavírus como formalmente indicado para a medicação. Espera-se que ela explique de onde tirou que o medicamento seja adequado para COVID, já que não existem fortes evidências científicas nesse sentido.

Boris Johnson e Carrie Symonds. Foto: Imagens Públicas

Casou escondido

O primeiro-ministro britânico bem que tentou fazer tudo escondido e não contou nem para os próprios funcionários, mas ninguém faz uma cerimônia na catedral de Westminster e sai casado sem ninguém saber. Os tablóides deram conta da notícia que Boris Johnson, de 56 anos, casou com a noiva Carrie Symonds, de 33, no último sábado (29). Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. E Boris Johnson não esperou mesmo. Que vença o amor, afinal de tudo.