Fogo no Parquinho: na política, continua a abobrinha

Mais uma semana em que o parquinho continua pegando fogo aqui pelo Brasil. Na pandemia, um platô de produtividade viral. Em todo o País, o índice de transmissibilidade do vírus se encontra crítico. De acordo com dados do Imperial College de Londres, cada 100 pessoas que pegam COVID no Brasil transmitem para pelo menos 130 indivíduos. Enquanto isso, na política, o presidente Jair Bolsonaro continua falando abobrinhas.

As abobrinhas podem até se ofender com isso, mas é preciso dizer que o presidente continua propagando informações inverossímeis sobre os cuidados para prevenção do vírus, como o uso de máscaras. Na última semana, inventou que o Ministro da Saúde tem que liberar quem já teve COVID e quem já foi vacinado de usar máscaras. É possível entender que ele gosta de falar cuspindo nos outros e que a máscara impede isso, mas daí a incentivar outras pessoas a isso?

Nem as abobrinhas merecem esses despautérios. O uso de máscaras deve continuar sendo incentivado, mesmo entre aqueles que já tiveram COVID, em virtude da chance de reinfecção, como entre aqueles que já se vacinaram, porque podem pegar o vírus e transmitir para outras pessoas que ainda não foram imunizadas. A única coisa que irá livrar a população do uso de máscaras é vacinar mais e mais, até ter uma margem segura, em torno de 70% dos brasileiros, imunizados.

Caravana da morte

A caravana de Bolsonaro, com passeios de morte, quer dizer, de moto, por todo o País, continua. No último sábado (12), foi a vez de motoqueiros apoiadores do presidente se unirem em um passeio e provocarem aglomerações. O chefe do Executivo, mais uma vez, não usou máscaras. Além disso, usava capacete sem viseira, infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro. Vários dos envolvidos no passeio cobriram suas placas com fita adesiva.

Natália Pasternak falou na CPI da COVID. Imagem: Fotos Públicas

Pasternak na CPI

Entre os depoimentos da última semana na CPI esteve o da pesquisadora da USP, Natália Pasternak. Ela criticou a falta de empatia de Jair Bolsonaro em relação à população brasileira e pontuou que as falas negacionistas do presidente influenciam as pessoas a adotar comportamentos de risco na exposição à COVID-19. Para Pasternak, muitas mortes teriam sido evitáveis.

Calado é um poeta

Em sua coluna na Folha de São Paulo, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), perguntou se o presidente Jair Bolsonaro está de férias, por seu comportamento despreocupado e relaxado em relação à pandemia (e a todas as outras questões do País). Infelizmente, Tabata, talvez se ele estivesse de férias, não estaria causando tantos problemas ao Brasil. De fato, é provável que se ele passasse uma semana calado, a situação até melhorasse um pouco.

Greve dos garis

A maior cidade da América Latina, São Paulo, produz milhares de toneladas de lixo por dia. E mesmo assim, funcionários invisíveis responsáveis pela coleta desses resíduos diariamente não foram incluídos entre os grupos prioritários da vacinação contra a COVID-19. Eles pararam por 24h na última semana. E prometem fazer greve se não forem vacinados logo. São Paulo sem coleta de lixo será igual a Gotham City no início do filme Coringa. Imaginem.

Mulheres apoiam mulheres. Foto: Freepik

Eleição empodera

Pesquisadores da FGV descobriram que a eleição de mulheres para cargos políticos influencia meninas entre 16 e 17 anos a se cadastrarem para exercer o voto facultativo. Eles verificaram que, em cidades onde mulheres ganharam as eleições nos últimos quatro pleitos, o índice de adolescentes dessa idade que registraram seus títulos de eleitores foi maior. É o poder da influência empoderando meninas a acreditarem em um futuro melhor!

Chá com a rainha

A rainha Elizabeth II acabou de completar 95 anos. E recebeu neste domingo (13), o presidente dos EUA, Joe Biden, e sua esposa, Jill Biden. O casal reuniu-se agradavelmente com a rainha para um tradicional chá inglês, com toda pompa e circunstância da ocasião.

Kamala na parada

Enquanto isso, Kamala Harris, foi a primeira vice-presidente dos EUA a participar da marcha LGBTQIA+. No evento, ela defendeu igualdade e ressaltou que a comunidade transgênero precisa estar protegida, reforçando a necessidade de políticas de emprego e moradia para essa parcela da população.

Aproveita que essa é a última. Imagem: Fotos Públicas

Última de Merkel

Ao visualizar a foto da reunião do G7, é possível ver como esse mundo é branco e machista. A maioria dos líderes das principais potências mundiais e dos blocos representantes da Europa são brancos e apenas duas mulheres posam na fotografia: Ângela Merkel, chanceler da Alemanha e Úrsula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Essa é histórica, porque a partir do ano que vem, a foto terá menos uma mulher. Essa foi a última reunião do G7 de Merkel.