Mostras virtuais sobre mulheres para visitar de casa

Sugestões de espaços com destaque ao protagonismo feminino em diferentes formatos e plataformas

Destaque das exposições virtuais: “Negras Cabeças” com obras de Íldima Lima – Fotos: divulgação

Digitalmente há experiências que permitem ver obras de arte em vários locais do mundo, com visita guiada, sons especiais e interações. Galerias acessíveis em que é possível gratuitamente apreciar imagens, descobrir ou ler sem pressa sobre a história. Vale conferir algumas exposições virtuais brasileiras que destacam ancestralidade, feministas, denúncia de violência doméstica, gênero, mulheres protagonistas na ciência, política e na arte.

“Negras Cabeças”

Exposição gamificada da artista soteropolitana Íldima Lima que mostra a importância ancestral com penteados e adornos como artifício de linguagem para grupos étnicos e o cabelo feminino enquanto linguagem visual-ancestral na cultura das etnias africanas. Um ambiente interativo com as pinturas, imagens que podem ser ampliadas, com história e trilha sonora específica em cada espaço.

A artista teve a ideia de representar mulheres negras pertencentes a grupos de diferentes etnias do continente africano após a pintura que fez inspirada numa fotografia de uma Mulher Betsimisaraka. “A partir da decisão veio o desafio de selecionar quais seriam contempladas neste projeto. Em primeiro momento: Betsimisaraka (Madagascar); Mangbetu (República Democrática do Congo); Suri (Etiópia); Mursi (Etiópia); Mwila (Angola); Mbalantu (Namíbia); Himba (Namíbia) e Fulani (Nigéria).”, explica Íldima Lima.

“A imersão e o resgate da ancestralidade foi potente e muito impactante neste processo, tendo sido o próprio combustível para a execução. Desejo que o meu trabalho seja uma centelha para provocar nas pessoas o interesse em acessar essa ancestralidade e se encantar como eu me encantei.”, afirma a artista.

Serviço:

“Negras Cabeças” –  Íldima Lima

Até 30/12, disponível em: https://negrascabecas.art/

Mulheres cederam fotos de seus rostos para que a artista unisse com linha e agulha, formando simbolicamente, uma rede de cumplicidade contra a violência de gênero – Foto: divulgação

“Eu tenho a tua cara”

Da maranhense Marlene Barro, “Eu tenho a tua cara” é um trabalho a partir de fotografias de rostos de várias mulheres e ela cria novas imagens. A artista plástica cria novos rostos com a troca dos olhos e das bocas de cada uma e são unidas por meio de rede em crochê, como um mosaico.

Mulheres cederam fotos de seus rostos para que a artista unisse com linha e agulha, formando simbolicamente, uma rede de cumplicidade contra a violência de gênero. Representa as vítimas de violência, feminicídio e agressões sexuais. “Eu tenho a tua cara, quer dizer eu me importo com você, eu tenho a minha boca e os meus olhos, que posso usar para falar e olhar por você”, explica Marlene Barros.

Serviço:

“Eu tenho a tua cara” – Marlene Barros

Para ver: https://www.sescma.com.br/exposicao-eu-tenho-a-tua-cara/galeria/

“Mulheres artistas no acervo da UFES”

A Universidade Federal do Espírito Santo reúne a história de mulheres que tiveram suas obras expostas na Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu) entre os anos de 1978 e 2013. Um grupo de artistas capixabas e referências para a arte brasileira. Segundo a curadoria essa mostra exclusiva com artistas mulheres foi devido à urgência de repensar a pluralidade da história da arte brasileira sob perspectivas inclusivas de gênero e raça.

Apresenta Charlene Bicalho, Luara Monteiro, Tatiana Rosa e Thais Apolinário, representando o início dos anos 2010. Já anos 2000 com Andrea Abreu, Mara Perpétua, Rosane Paste, Thais Graciotti, Márcia Capovilla, Simone Guimarães e Nelma Pezzin. E década de 1990 representado por Célia Ribeiro, Elisa Queiroz, Lara Felipe, Juliana Morgado, Nelma Guimarães, Tomie Ohtake e Lygia Pape. Os anos 1980 destaque para a mostra de Fayga Ostrower. Também a primeira coletiva de Mulheres na UFES em 1978, com trabalhos de Denise Pimenta, Marta Baião, Nelma Pezzin e Neuza Mendes.

Conteúdo multimídia por meio de imagens, podcast, cartografia afetiva, jogos virtuais e sessões de bate-papos. Postagens no perfil da Galeria no Instagram.

Serviço:

“Mulheres artistas no acervo da Ufes”

https://www.instagram.com/gaeu.ufes/

“A Força e a Relevância do Trabalho da Mulher”

Exposição que retrata as lutas e as conquistas de mulheres que contribuíram para o desenvolvimento de diversas correntes do conhecimento, tais como artes, ciência e literatura. Destaque também  às Ministras do Tribunal Superior do Trabalho. Fotos e biografias com a trajetória de reivindicações e vitórias alcançadas nos últimos dois séculos. Divida por: Linha do Tempo com a história, Mulheres na História, Ministas do TST, Mulheres no TST, Fotos da Exposição Física.

Entre os perfis estão: Laudelina de Campos Melo, Carolina Maria de Jesus, Nísia Floresta, Leolinda Daltro, Nise da Silveira, Leila Diniz, Dilma Rousseff, Maria da Penha, María Cano, Violeta Parra, Frida Kahlo, Célia Sanchez, Domitila Chúngara, Rigoberta Menchú, Alice Ball, Wang Zhenyi, Mary Shelley, Malala Yusafzai e outras marcantes. 

Livros grátis

Na parte bibliografia, há obras que abordam a temática feminista e disponíveis de forma gratuita em formato digital, que podem ser baixados por meio de QRcodes.

Serviço:

“A Força e a Relevância do Trabalho da Mulher”

Visite virtualmente em: http://www.tst.jus.br/web/guest/memoriaviva/-/asset_publisher/LGQDwoJD0LV2/content/id/27064178

Nome: Vivian Pellizari e Rosalinda Montone. Ano: 1997. Local: Estação Antártica Comandante Ferraz. Print da Exposição.

“Mulheres na Oceanografia”

Mostra destaca um pouco do universo feminino na Oceanografia do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). Com o objetivo de homenagear todas as mulheres das diferentes áreas da Oceanografia e chamar a atenção para a importância da diversidade em qualquer área da ciência. Fotografias de mulheres trabalhando em laboratórios, congressos e expedições científicas, desde 1954 até o ano de 2019.

Serviço:

“Mulheres na Oceanografia”

https://www.mergulhonaciencia.com/exposicao-mulheres-na-oceanografia

Leia também: Agenda de outubro: 5 eventos que fortalecem o feminismo