Dia da Visibilidade Trans: entrevistas e histórias para minar preconceitos
Frida Pascio Monteiro, Symmy Larrat, Mel Campos, Rafaella Rocha e Rodrigo Bryen da Silva foram as vozes da comunidade trans neste primeiro ano do nosso Portal
Firminas completa um ano em março, mas já tem história como lugar de fala para a diversidade de gênero. Abaixo selecionamos 5 conteúdos que dão voz a mulheres e um homem trans para marcar este 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans.
1. Afetividade das pessoas trans
A professora e doutoranda em teoria e estudos literários Frida Pascio Monteiro é autora do livro Vivências afetivo-sexuais de mulheres travestis e transexuais, baseado no resultado da sua pesquisa de mestrado.
Entrevistada pela Firmina Aline Melo, Frida aborda o porquê mergulhou nessa jornada, conta um pouco da sua história e a importância das cotas para pessoas transexuais.
“Nós, pessoas trans, somos ensinadas a odiar quem a gente é, a odiarmos os nossos corpos. Superar todo esse ‘cistema’ (com cis de cisgênero), que nos ensina a nos odiar e odiar os nossos corpos, é revolucionário. Amar o outro também é revolucionário, porque somos ensinados que não temos direito ao afeto, por sermos trans. Amar o outro é um ato de coragem e também é revolucionário.”
Leia AQUI: “Para nós, pessoas trans, amar é revolucionário”
2. Empatia e ação solidária
Rafaella Rocha dos Santos tem na sua história a vivência em situação de rua, abusos no sistema prisional e superação. Hoje estuda Geografia na universidade e integra a rede de apoio para mulheres trans e travestis em Londrina.
Foi uma das entrevistadas pela Firmina Gislene Madarazo para um conteúdo sobre campanhas de solidariedade à comunidade LGBTQIA+, dada a intensificação da vulnerabilidade socioeconômica dessa população com a pandemia.
Leia AQUI: No mês do orgulho LGBTQIA+, a solidariedade pede passagem
Leia também: Lutar pela diversidade em defesa da vida
3. Sonho de ser pai
Uma história de amor. O digital influencer e youtuber Rodrigo Bryan da Silva realiza o sonho de ser pai com o nascimento de Victória, gestada pelo próprio jovem transgênero. Rodrigo é casado com a mulher trans Ellen Carine Martins. A reportagem é da Firmina Aline Melo e conta a experiência de primeiro casal trans a ter um filho biológico no norte de Minas.
Leia AQUI: Pelo sonho da paternidade, homem trans gestou o próprio filho
4. A resistência de Mel Campos
No mês do Orgulho LGBTQIA+, a firmina Gislene Madarazo conversa com Mel Campos, uma mulher trans, ativista, atriz e produtora cultural.
Leia AQUI: Orgulho LGBTQIA+: “Resistência é a maior de todas as nossas qualidades”
5. Live com Symmy Larrat sobre a violência contra a população LGBTQIA+
Na live mensal de abril do ano passado, Aline Melo e Symmy Larrat discutem os impactos da tentativa de aprovação de uma lei discriminatória contra a população LGBTQIA+ do Estado de São Paulo (PL 504).
Mulher trans paraense, Simmy é presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Foi a primeira transexual a ocupar a função de coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, no governo de Dilma, e coordenou o programa “Transcidadania”, em São Paulo, quando Fernando Haddad era prefeito.
Para rever a live, clique AQUI
Visibilidade Trans: origem da data
No início do segundo ano do governo Lula, no dia 29 de janeiro de 2004, uma mobilização de trans e travestis caminhou até o Congresso Nacional para reivindicar direitos e mostrar aos parlamentares e à sociedade em geral a importância da luta por respeito. Nesse mesmo dia, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Travesti e Respeito: já está na hora dos dois serem vistos juntos”. Ambas as ações repercutiam em todo o país e o 29 de janeiro tornou-se um marco em defesa da população trans.