Dia da Educação: Firminas destaca mulheres educadoras que inspiram!

Hoje, 28 de abril, é o Dia da Educação. Criada em 2000 pelo Fórum Mundial de Educação, a data marca o compromisso de levar a educação básica e secundária a todas as crianças e jovens do mundo até 2030.

Dia da Educação: Firminas destaca mulheres educadoras que inspiram!
4 mulheres educadoras que inspiram! – foto: Canva

A oito anos da meta, a educação no Brasil está caótica sob o governo de extrema direita: cortes bilionários no orçamento, celeiro de pastores corruptos, mandos e desmandos no Enem e nomeação de cinco ministro em menos de quatro anos.

Refletir, agir, transformar. Esses são os verbos que o Portal Firminas destaca neste 28 de abril elencando quatro mulheres educadoras cujas ações fizeram e fazem a diferença na vida de muitas pessoas do nosso povo.

Bora se encantar!

Dia da Educação: 4 mulheres educadoras que inspiram!
Dia da Educação: 4 mulheres educadoras que inspiram!

Dia da Educação: 4 mulheres educadoras que inspiram!

1. Maria Firmina dos Reis

Nasceu em São Luís do Maranhão, no dia 11 de março de 1822. Mulher, negra, nordestina, feminista e ativista da causa abolicionista, ela enfrentou preconceitos e obstáculos.  

Se tornou a primeira romancista brasileira e a primeira mulher a ser aprovada em um concurso público para o cargo  de professora primária do estado do Maranhão.

Nos anos 1880 criou a primeira escola mista para meninas e meninos em terras maranhenses, escandalizando grupos locais, o que fez a educadora suspender as aulas mistas após dois anos e meio.

Nascimento Moraes Filho, pesquisador responsável pelo resgate da história de vida e das obras de Maria Firmina dos Reis, classifica essa proposta como “uma revolução social pela educação e uma revolução educativa pelo ensino.” (apud ZIN, 2018, p. 24).

2. Nísia Floresta

Considerada uma mulher à frente do seu tempo, Nísia Floresta nasceu no Rio Grande do Norte em 1810. Foi escritora, educadora e dirigiu um colégio para mulheres no Rio de Janeiro.

Escreveu 15 livros nos quais defendeu os direitos das mulheres, dos indígenas e dos escravizados. Também participou ativamente das campanhas abolicionista e republicana.

Leia também: Nísia Floresta, educadora e escritora feminista no Brasil Império

No Rio, em 1838, Nísia fundou o Colégio Augusto, para meninas, um dos principais da Corte. Nele ela ousava oferecer às meninas um ensino de qualidade similar ao dos meninos: passou a ensinar gramática, escrita e leitura do português, francês e italiano, ciências naturais e sociais, matemática, música e dança. Também as ensinava a lutarem pelos seus direitos, não serem apenas donas de casa e a serem tratadas com respeito.

Esse espírito contestador e libertário escandalizava seus conterrâneos e gerações futuras, como o do escritor Gilberto Freyre, que a  descreveu como uma exceção escandalosa de seu tempo.

3.  Mariana Coelho

Mariana Coelho nasceu no Distrito de Vila Real, em Portugal, no dia 10 de setembro de 1857 ou 1872 (data incerta). Chega ao Brasil nos fins do século XIX e rapidamente começa a contribuir para os jornais de Curitiba com suas poesias e crônicas, abraçando a causa feminista. Naturalizou-se brasileira em 1939. 

Foi educadora, escritora, ensaísta, poetisa, jornalista e uma das pioneiras do feminismo no Brasil.

Em 1902, idealiza e funda o Colégio Santos Dumont, premiado na Exposição Nacional de 1908 e visitado pelo aviador em 1916. Exerceu o magistério por décadas, consagrando-se como “educadora de gerações” no Paraná.

Defendia a adoção da ortografia simplificada, preocupada com uma alfabetização mais rápida.

Publicou em 1933 o livro “A Evolução do Feminismo”: “sexo frágil” não nasce frágil, mas é assim construído pela sociedade. Foi chamada de “Beavoir Tupiniquim” por Zahidé Muzart.  

4. Barbara Carine

Química e professora da Universidade Federal da Bahia, Barbara Carine Soares Pinheiro é a idealizadora da Escola Afro-brasileira Maria Felipa. Auto intitula-se “uma intelectual diferentona” – nome do seu canal no YouTube.  Influenciadora digital, está presente também no Instagram – @descolonizando_saberes.

Mãe, mulher negra cis, nordestina, escritora, empresária, é mestre e doutora em Ensino de Química e graduanda em Filosofia.

Hoje está como professora adjunta e vice-diretora do Instituto de Química da UFBa e membro permanente do corpo docente do programa de pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, além de líder do grupo de pesquisa Diversidade e Criticidade nas Ciências Naturais.

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