Eventos impactantes para mulheres no mês de maio

O radar cultural do Firminas em maio traz eventos presenciais e online pelo Brasil. Uma seleção com atrações de coletividade, memória, movimentos de identidade, feminismo e resistência, sugestões gratuitas que possam contribuir para o fortalecimento de mulheres.

7 de maio – Moça Prosa 

A “Moça Prosa”, roda de samba, comemora 10 anos de existência e resistência, no domingo, 7 de maio, a partir das 13 horas, com evento multicultural. Uma celebração diversa, com uma feira de expositores de moda, artesanato, gastronomia e literatura, no entorno da Pedra do Sal, região portuária carioca abarcada pela Pequena África.

O coletivo musical “Moça Prosa” é formado por mulheres negras e festeja com uma programação que traz fé, luta, parceria, sorrisos e amor. Tudo vai começar com uma bênção e lavagem do espaço, realizados por Mãe Celina. Na sequência, roda de conversa “O espaço da mulher na cultura e suas representações”, intervenções com Slam das Minas e do Baque Mulher e ainda o lançamento do livro “A Luz de Aisha”, das autoras Luana Rodrigues e Aza Njeri. Às 18h30, começa a roda de samba da Moça Prosa e os intervalos ficam por conta da DJ Nicolle Neuman.

Ficha Técnica Moça Prosa:

  • Ana Priscila – Produtora
  • Cláudia Coutinho – Cavaquinista e Compositora
  • Dani Andrade – percursionista
  • Fabiola Machado – Cantora
  • Jack Rocha – Cantora e Compositora
  • Luana Rodrigues – Percussionista e Compositora
  • Taina Brito – Percussionista
  • Marrom Glacê Assessoria – Assessoria de Imprensa
Evento Moça Prosa 10 anos
Evento Moça Prosa 10 anos (Foto: divulgação)

Serviço:

MOÇA PROSA – 10 ANOS

Quando: 7 de Maio – Sábado

Horário: 13h às 23h

Onde: Rua Sacadura Cabral, 74 – Saúde

Classificação: Livre

Gratuito

9,10,11 de maio – Eventos “Sobre Marias e Firminas: escritas de mulheres negras”

O Sesc Carmo apresenta “Sobre Marias e Firminas: escritas de mulheres negras”, projeto em homenagem ao bicentenário de nascimento de Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917), primeira mulher escritora de romances no Brasil. A Autora traz em sua obra a voz da mulher negra e a voz dos negros ao narrar os abusos nas relações patriarcais. Realiza uma programação para pensar o seu legado e nas mulheres como ela, que escrevem, inspiram, lutam e revolucionam olhares.

No dia 9 de maio, segunda-feira, das 18 às 20 horas, é o debate “Maria Firmina: Vida, Obra e Reverberações”, com a proposta de contextualizar o período no qual viveu Maria Firmina dos Reis, além da cidade e de sua vida, bem como tratar os aspectos de sua obra e reverberações.

Participantes:

  • Mediadora – Kelly Adriano, gerência de ação cultural em Sesc SP.
  • Fernanda Miranda, escritora, professora Adjunta da Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará (UNIFESSPA), doutora em Letras – área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, pela Universidade de São Paulo (2019).
  • Régia Agostinho da Silva, possui mestrado em História pela Universidade Federal do Ceará (2002). É professora da Universidade Federal do Maranhão e do Programa de Pós-Graduação em História/ CCH- São Luís.

Na quarta-feira, 11 de maio, é a mesa “A escrita e literatura das mulheres negras como ruptura e potência”.  Um encontro com o objetivo de trazer a escrita e literatura de mulheres negras como processo de conversa com suas ancestralidades, ruptura com o silenciamento das mulheres e o papel político-social da escrita.

Participantes:

  • Mediadora: Lívia Lima, animadora cultural do Sesc SP.
  • Jessyka Rodrigues, assistente Social e Mestranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
  • Esmeralda Ribeiro, escritora e jornalista. Desde 1999 edita, com Marcio Barbosa, os Cadernos negros, entre outras publicações.

Evento virtual

Diáspora e os diálogos transatlânticos (ONLINE), um encontro entre mulheres que, entre continentes, trazem na escrita exercícios de subjetivação, de conversa, da memória e da escrita como ruptura e fazer social.

Participantes:

  • Com mediação de Dulci Lima, pesquisadora do Sesc SP.
  • Dina Salústio (Bernardina de Oliveira Salústio), natural de Cabo Verde, ilha de Santo Antão. Professora, Jornalista e Assistente Social, com obras publicadas nas áreas: prosa, poesia e ensaio. É membro fundador da Academia Cabo-verdiana de Letras.
  • Zélia Amador de Deus, artista, militante do movimento negro e professora universitária. Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em Ciências Sociais pela UFPA.  
Agenda Cultural - Sobre Marias e Firminas: escritas de mulheres negras  - Eventos presenciais e online
Projeto Sobre Marias e Firminas

Serviço:

Evento: Ciclo de debates

Realização: Sesc Carmo – Projeto – Sobre Marias e Firminas: escritas de mulheres negras

Dias 9, 11 e 12 de maio (segunda, quarta e quinta)

Presencial – para participar: 9 e 11 de maio de 2022, inscricoes.sescsp.org.br

Endereço: Sesc Carmo – Rua do Carmo, 147 – Sé – Centro de São Paulo

12 de maio de 2022 – das 18h às 20h

Online transmissão ao vivo no youtube.com/sesccarmo

Conheça mais do projeto em: https://www.sescsp.org.br/projetos/sobre-marias-e-firminas-escritas-de-mulheres-negras/

Grátis – Classificação Livre

Mostra virtual: “Tem Mulher na Xilo – Nena Borges a mais antiga xilogravurista de Pernambuco”

Um passeio pela cultura viva pernambucana e resistência. Por meio de ambientes virtuais é possível conhecer a história e as obras de Nena Borges, mulher xilogravurista mais antiga em atividade no Brasil. Dona Nena mora em Bezerros, tem 47 anos de vivência na arte popular da gravura em madeira com produção diversa.

“Tem Mulher na Xilo: Nena Borges a mais antiga xilogravurista de Pernambuco” conta a vida de Graciete Correia Borges, que nasceu em 19 de agosto de 1947, em Escada, Zona da Mata de Pernambuco. A artista aprendeu a arte de esculpir com o marido, Amaro Francisco Borges, na confecção das matrizes (a base de madeira que recebe o desenho que vai ser impresso), talhando, mas logo começou criar e assinar as suas obras. Foi desbravadora nessa prática, que era mais realizada por homens, com narrativas do cotidiano, sociedade, política, religião, amor e sexo, com abordagens irônicas, nos cordéis, e de assuntos tabus para as mulheres da geração dela.

A artista traz o imaginário de coragem, resistência, representação feminina nos desenhos e expressões. Em suas criações, a mulher se destaca na dança, toca com violeiros, brinca, namora, planta e assume a liberdade. Com 74 anos, atualmente gosta mais de desenhar temas da natureza. Empreendedora, a produção Nena Borges conta com a ajuda dos filhos nas vendas em feiras e presente em cordéis, livros, camisas, bolsas e outros objetos.

Ficha Técnica:

  • Designer Proponente – Carlos Moura aka KombeirodoAmor
  • Designer Assistente – Giselle Araújo
  • Colaboração – Professora Dra Rosângela Vieira

Nena Borges (Imagem: Catálogo Tem Mulher na Xilogravura)

Serviço:

Mostra “Tem Mulher na Xilo: Nena Borges a mais antiga xilogravurista de Pernambuco”

Acesso: Instagram @temmulhernaxilo (http://instagram.com/temmulhernaxilo )

ou Catálogo Mostra Tem Mulher na Xilo- (https://drive.google.com/file/d/11x_TDye96-DR_Zh9GU710YO02qbCqxdT/view)

13 de maio – Lançamento e debate do livro Esperança Feminista

Uma das grandes vozes do feminismo brasileiro, a professora Debora Diniz é a convidada da Universidade Federal de Goiás (UFG) para apresentar seu livro “Esperança Feminista”, em coautoria com a teóloga Ivone Gebara. O lançamento virtual na noite de 13 de maio, a partir das 19h30, tem transmissão ao vivo no canal Enredos Digitais e Pensar em Direitos Humanos, com mediação da reitora Angelita P. Lima – Pós-graduação em Direitos Humanos (PPGIDH), com participação de Susi Francis (PPGIDH) e Ana Dirino (PPGIDH).

Professora universitária, Debora Diniz é conhecida amplamente pela atuação para garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, incluindo a descriminalização do aborto. Pela reação de extremistas, foi obrigada a se auto exilar em 2018. Recebeu mais de cem prêmios, entre eles o prestigioso Dan David, pelo trabalho acadêmico em igualdade de gênero, e foi indicada pela importante revista Foreign Policy entre os cem pensadores globais de 2016.

Lançamento livro Esperança Feminista , com Debora Diniz, Angelita P. Lima, Susi França e Ana Dirino (UFG )

Serviço:

Lançamento e debate de “Esperança Feminista”  

Quando: 13 de maio

Horário: 19 horas

Onde: Canal YouTube – Enredos Digitais

Acesso: https://www.youtube.com/c/EnredosDigitais

12,19 e 26 de maio – “Festival Delas – O que é que a ‘caboca’ tem?”

 A pluralidade das mulheres amazônidas: caboclas, indígenas, negras, mestiças, seringueiras, ribeirinhas e tantas outras estão reunidas no “Festival Delas – o que é que a ‘caboca’ tem?”, dividido em cinco episódios, com exibição gratuita pelo YouTube.

Uma troca cultural e entre várias gerações, com as origens e vivências, o protagonismo das mulheres da região norte brasileira. No palco do teatro Guaporé, em Porto Velho (RO), a jornalista Emilli Sousa conduz a apresentação por meio de atrações artísticas, entrevistas, debate com convidadas e depoimentos.

Temáticas e participações do “Festival Delas – o que é que a ‘caboca’ tem?”:

  • Mulher na história da Amazônia – convidadas: Bethânia Bacelar, Cleide Backlan, Izabela Lima e Teo Nascimento;
  • Mulher Indígena – Identidade, visibilidade e território – convidadas: Déba Tacana, Núbia Sussuarana, Pi Suruí e grupo musical As Cunhãs;
  • Negritude da mulher amazônida – convidadas: Ana Carla Ilés, Jamyle Brasil, Luanda Melo, Negra Mary e Rosângela Hilário;
  • Amazônia em símbolos – Mulher e a identidade amazônida – convidadas: Benedita do Nascimento Pereira, Carla Tames, Luciane Lopes, Raíssa Dourado e Quadrilha Junina Rádio Farol;
  • Mulher amazônida na contemporaneidade – convidadas: Andressa, Silva, Laís Fernandes, Roberta Evans, Rosângela Hilário, Taísa Arruda e Tânia Pacheco.
Agenda Cultural - Festival Delas - o que é que a caboca tem ? - Mulheres Amazônidas

Serviço:

Festival Delas – o que é que a ‘caboca’ tem? (Roraima-RO)

Onde: Virtual no YouTube jornalista Emilli Sousa

Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=NlMZuJci6Kk

 29 de maio – Clube de Leitura “Leia Mulheres Diadema”

 O livro “Entre quatro paredes: O casamento perfeito ou a mentira perfeita”, da autora franco-irlandesa B. A. Paris, é tema do 5º encontro do “Clube leia mulheres de Diadema”, na noite de 29 de maio. O romance internacional de sucesso, publicado em mais de 35 países, tem destaque no evento que promove a literatura feminina por meio de leitura e discussão das obras de escritoras. Com mediação de Angelina Souza, Michelle Alves e Sônia Berttolani, a participação é gratuita e aberta ao público a partir de 14 anos, na Biblioteca Interativa de Inclusão da Vila Nogueira.

Clube do Livro - Diadema - Debate sobre: Entre quatro paredes.
Livro Entre quatro paredes – B.A. Paris (Editora Record)

Serviço:

5º Encontro – Livro: “Entre quatro paredes”, de B. A. Paris

Data: 29/05 (domingo)

Horário: 19 horas

Onde:  Rua Bernardo Lôbo, 263. Vila Nogueira, Diadema – São Paulo.

Para assistir – “Antonieta” de Flávia Person

O curta “Antonieta” (2016), dirigido por Flávia Person, está disponível gratuitamente online na plataforma Hysteria e traz a trajetória da primeira mulher negra eleita a assumir um mandato popular no país.

Antonieta de Barros (1901-1952) foi professora, deputada por Santa Catarina e feminista. Negra e de origem humilde, filha de escrava libertada, escreveu em jornais com diversos pseudônimos e também uma grande defensora da educação para todos.

Leia: Antonieta de Barros em “Mulheres que inspiram”

 O filme foi visto por milhares de pessoas e participou de festivais e mostras no Brasil, México, Ucrânia, Uruguai, Espanha, Argentina, África do Sul, Equador, Colômbia e China.

Cartaz do documentário Antonieta de Barros de Flávia Person
Cartaz Documentário Antonieta de Flávia Person

Serviço:

Documentário: Antonieta (Flávia Person – 2016)

Onde: Plataforma Hysteria – Projeto Curta Mulheres

Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=w511SXZxRMU

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